Cerca de 20 profissionais receberam formação em Escola Restaurativa

Objetivo é coibir a violência nos ambientes escolares e humanizar o aprendizado

Na última semana, profissionais da educação estiveram envolvidos no curso da Escola Restaurativa. O objetivo é formar facilitadores para atuar na prevenção e transformação de violências. Eles aprenderam novas ferramentas para a resolução de conflitos através do diálogo respeitoso. Cerca de 20 pessoas fizeram o curso, entre professores, pedagogos, diretores e agentes administrativos. Os conteúdos foram ministrados por profissionais capacitados e indicados pela Vara da Infância e Juventude de Ponta Grossa. As atividades aconteceram de terça-feira (17) a sexta-feira (20), com aproximadamente 40 horas de duração.   

“Ouvir os relatos de todos os profissionais que participam conosco do curso durante toda a semana é realmente uma injeção de ânimo. Eu saio daqui motivada para ir em frente”, salienta a Dra. Jurema Carolina da Silveira Gomes, coordenadora do Centro Judiciário de Solução de Conflitos (CEJUSC) em Ponta Grossa. Ela cita o caso de um colégio de Porto Alegre que era extremamente violenta e que, após implementar os conceitos de escola restaurativa está há cinco anos sem incidentes.

“Muitas professores comentaram que estão saindo do curso diferentes. Quando a gente se dispõe verdadeiramente a estar aberto e ouvir, o processo de transformação acontece”, destaca Fabiana Campos, Superintendente de Educação da Secretaria de Estado da Educação do Paraná (SEED). Ela lembra que hoje a SEED compreende 10 mil profissionais em mais de duas mil escolas atendendo um milhão de alunos. “A gente não fala de números pequenos, são números imensos e isso aumenta ainda mais o nosso desafio de fazer uma escola humana, agregadora e aconchegante”, diz.                                

O Colégio Estadual Padre Carlos Zelesny, Colégio Estadual Professor João Ricardo von Borell du Vernay, Colégio Estadual Professora Linda Salamuni Bacila e o Colégio Estadual Professora Sirley Jagas estarão presentes. Os profissionais do Colégio Estadual Wolff Klabin, de Telêmaco Borba, também participarão das atividades. Cada escola teve direito a quatro vagas no curso. O Governo do Estado está apoiando a iniciativa liberando os professores e custeando o deslocamento e a pernoite dos profissionais de Telêmaco Borba.

IMM

O Instituto Mundo Melhor (IMM) ofereceu a infraestrutura para a realização da capacitação. Durante os meses de junho a outubro, os conhecimentos adquiridos serão implementados nas escolas. Os relatos de casos serão compilados pelo IMM em um livro que deverá ser lançado em novembro.

Para o presidente do IMM, Jeroslau Pauliki, o curso é uma experiência única. “Essas ferramentas irão contribuir para que pais e professores unam forças para desenvolver a universalização do ser humano e façam a diferença na vida dos alunos”, garante.

O fundador do IMM, deputado estadual Marcio Pauliki, acredita que o Governo do Estado continuará apoiando a realização desse trabalho, da mesma forma que incentivou esse projeto piloto. “Estamos conectados em uma rede de igualdade com o objetivo comum de resgatar o humano. Quando trabalhamos juntos, conseguimos alcançar os nossos objetivos de forma muito mais eficiente e rápida”, frisa.