
Os projetos que o Instituto Mundo Melhor (IMM) desenvolve com o objetivo de combater a violência doméstica foram apresentados na I Jornada Nacional Mulher Viver Sem Violência. A abertura do evento aconteceu no dia 23 de novembro, em Curitiba, e contou com a presença da Maria da Penha. Os cursos na área de prevenção da violência contra a mulher fazem parte do Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) Mundo Melhor e foram desenvolvidos em parceria com a Wolli Consultoria e Treinamento.
O IMM foi representado no evento pelo seu fundador, Marcio Pauliki. “É investindo em educação e em diversas ferramentas que reduzam a violência e promovam a paz que buscamos contribuir para a construção de um mundo melhor. A violência doméstica é um tema atual e a discussão desse assunto é fundamental. É com coragem e determinação que vamos vamos começar a mudar essa realidade”, enfatiza.
A parceria entre o IMM e a Woli também inova na capacitação à distância de diversos públicos, entre os quais jovens em busca do primeiro emprego, estagiários e aprendizes, além de atender a detentos do sistema penal paranaense através de um convênio com a Secretaria de Estado da Segurança Pública. Os ambientes são distribuídos em cerca de 40 locais, desde unidades em entidades sociais, sindicatos, escolas públicas, telecentros da juventude, além das penitenciárias estaduais.
A partir de 2015, esse sistema passou a ser implantado também no Estado do Ceará e no Estado do Amazonas. “O sucesso dessa iniciativa público-privada se deve ao fato do projeto ser de fácil aplicação, sem custo para o poder público e com possibilidades claras de reinserção social da população beneficiada”, destaca o presidente do IMM, Jeroslau Pauliki.
A plataforma de cursos desenvolvida pela Woli conta com 120 opções em diversas áreas do conhecimento: educação, saúde e bem-estar, empreendedorismo, governança doméstica, informática e línguas. No caso parceria com o Governo do Estado para atendimento ao sistema penal, a cada 12 horas de cursos realizados, existe a remição de um dia na pena a ser cumprida.
Maria da Penha
Maria da Penha sofreu violência doméstica durante 23 anos de casamento e lutou para que seu agressor fosse condenado. Em 1983, seu marido, tentou matá-la duas vezes. Na primeira vez, ele atirou em Maria da Penha enquanto ela estava dormindo. Pouco tempo depois, ele tentou eletrocutá-la durante o banho. Por conta das agressões sofridas, Maria da Penha ficou paraplégica. Hoje ela é líder de movimentos de defesa dos direitos das mulheres, vítima emblemática da violência doméstica.