O Juiz Federal Rafael Wolff, o coordenador do Instituto Mundo Melhor, Orion Barbosa, e a assistente social Fernanda Celano realizaram uma visita às instalações da Penitenciária Industrial de Guarapuava (PIG) e da Cadeia Pública Feminina de Pitanga, na última sexta-feira (15). As duas unidades prisionais fazem parte da regional administrativa de Guarapuava da Polícia Penal do Paraná (PPPR) e serão alvo do início de atuação do projeto “Ajufe por um Mundo Melhor”.
O projeto é uma iniciativa do Instituto Mundo Melhor e conta com apoio da Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe), visando fomentar a educação no ambiente prisional. O principal objetivo da ação é oferecer cursos sem fins lucrativos a pessoas privadas de liberdade, sendo custeados por conta de prestação pecuniária; que consiste no pagamento por verba judicial à entidade com destinação social.
A variedade de áreas de aprendizagem abordadas, desde educação até empreendedorismo e governança doméstica, reflete uma abordagem abrangente para capacitar apenados e promover reinserção social. Os cursos possuem cargas horárias distintas, com certificação e benefício de remição de pena.
O Juiz Federal Rafael Wolff, também coordenador da Ajufe, compartilha que o projeto possui a possibilidade de atingir os familiares das pessoas em privação de liberdade: “A partir desta visita técnica que realizamos nas unidades, temos o objetivo de ampliar o projeto para abarcar também as famílias, em parceria com diferentes instituições. Para nossa honra e alegria”.
O diretor-geral da PPPR, Reginaldo Peixoto, explica que a intenção é ampliar o projeto em outras unidades e regionais do Paraná. “Inicialmente, ele será implementado na Penitenciária Industrial de Guarapuava (PIG) e da Cadeia Pública Feminina de Pitanga, mas já estamos estudando estratégias de adaptação das demais cadeias públicas da regional e outras unidades prisionais do Estado para ampliar a ação”, revela.
“A iniciativa de incluir as pessoas privadas de liberdade e também seus familiares em políticas públicas municipais, com uma melhor preparação para o mercado de trabalho através de cursos educacionais e profissionalizantes, com certeza fecha um ciclo necessário de apoio na criminalidade. Isso porque as pessoas reclusas retornarão para o convívio familiar após o cumprimento da pena, então todo esse trabalho em conjunto trará bons frutos futuramente", destaca a diretora do tratamento penal da PPPR, Lizandra Bueno.
Para Orion Barbosa, coordenador do Instituto Mundo Melhor, é muito importante a disseminação do atendimento aos apenados nas Cadeias Públicas: “Além do fator ressocializador, é fundamental o atendimento familiar nos municípios de origem dessas pessoas, e esse é um projeto audacioso que visa ser muito efetivo”.
Texto: Assessoria Depen