
O projeto Jovem Mãe, realizado pelo Instituto Mundo Melhor (IMM) há seis anos, realizou nesta semana um Fórum de Estudos em Ponta Grossa que reuniu cerca de 40 profissionais das Unidades de Saúde, Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas), Núcleos de Apoio à Saúde da Família (Nasf) e Hospital Regional. Durante o evento, a equipe do Complexo Hospitalar Pequeno Príncipe, de Curitiba, ministrou palestras sobre o Marco Legal da Primeira Infância. O projeto tem apoio da Rede Massa e do Ministério Público Federal.
Segundo Tatiana Forte, do Hospital Pequeno Príncipe, a proposta é privilegiar ações durante a primeira infância dos bebês junto às mães adolescentes. “Falamos sobre a importância da primeira infância e como cada equipamento de saúde podem atuar para aprimoras as ações de intervenção neste sentido”, afirma.
Para Fernanda Matos, do IMM, é fundamental debater ações que podem ser adotadas durante a primeira infância, lei que foi regulamentada ano passado. “Vamos trabalhar com as temáticas que os órgãos têm que trabalhar. O IMM vem com a equipe do Pequeno Príncipe oferecer capacitação dos profissionais e projetos de intervenção nos territórios voltados para esse público adolescente”, destaca.
Marcio Pauliki, mantenedor do IMM, salienta que a ação é uma sequência das atividades realizadas nos últimos anos. “Temos uma preocupação muito grande com as adolescentes grávidas e estamos nos aperfeiçoando nesse tema. Estamos discutindo as diretrizes para poder encaminhar propostas ao governo do estado”, diz.
Parceiro do programa, Jairo Cajal, da Rede Massa, afirma que é fundamental ter ações para divulgar as ações realizadas pelo Jovem Mãe para o resto do Paraná. “Temos que divulgar essas ações que são realizadas. Queremos viabilizar esse programa para mais hospitais e fazer uma campanha para todo o estado com o objetivo de salvas mais vidas”, salienta.
“Polvinho”
Novo agente parceiro do IMM, o Hospital Regional tem o projeto “Polvinho”, prática já difundida em outros países, principalmente no continente europeu. São bonecos de polvo feitos de crochê que representam para os bebês um ganho de conforto e segurança. Para o bebê, os tentáculos do boneco se parecem com o cordão umbilical. Por isso, ao abraçá-los, os recém-nascidos se lembram do aconchego do útero. Com essa memória afetiva proporcionada pelos polvos, eles se sentem mais calmos. Para garantir a plena segurança dos bebês, os polvos são feitos de material 100% algodão e os tentáculos não podem passar de 22 centímetros.
“Vamos trabalhar nos bairros divulgando esse projeto que traz mais saúde nas crianças recém-nascidas e prematuras, para aumentar o número de crianças beneficiadas”, afirma Fernanda Matos, do IMM.
Marco da Primeira Infância
Aprovado no ano passado, o Marco visa atender crianças de 0 a 6 anos com um conjunto de ações de saúde, educação e alimentação. Além disso, o texto obriga a União a manter os registros com os dados de desenvolvimento das crianças atendidas por todos os programas.