Instituições de ensino implementam ferramentas da Escola Restaurativa

Projeto desenvolvido pelo Cejusc em parceria com a Secretaria de Educação e o Instituto Mundo Melhor

22/07/2016

Instituições de ensino implementam ferramentas da Escola Restaurativa

O Instituto Mundo Melhor esteve no Centro Judiciário de Soluções de Conflitos e Cidadania (Cejusc) comemorando a implantação de unidade-piloto na área da Justiça Restaurativa. Ela envolve a solução de conflitos através da aproximação entre vítima e o agressor, suas famílias e a sociedade na reparação dos danos causados por um crime ou infração. O incentivo ao uso da Justiça Restaurativa é uma das metas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) para 2016 que visam o aperfeiçoamento da Justiça e os tribunais assumiram esse compromisso. O secretário geral do CNJ, Dr. Fabricio Bittencourt da Cruz; o 2º vice-presidente do Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR), Fernando Wolff Bodziak e o presidente da Escola Nacional da Magistratura (ENM), Roberto Portugal Bacellar estiveram presentes, no dia 18 de julho, para celebrar o cumprimento dessa meta em Ponta Grossa.

Projeto Escola Restaurativa, desenvolvido pelo Cejusc em parceria com a Secretaria de Estado da Educação (Seed) e com o Instituto Mundo Melhor (IMM), faz parte desse cumprimento. A iniciativa foi dividida três partes. Durante o mês de maio, profissionais de educação de seis escolas receberam capacitação como facilitadores na transformação de violências e resolução de conflitos. Nesta etapa, eles estão adequar as metodologias para cada realidade e promovendo a implementação das práticas nas escolas. Posteriormente, serão apresentados os relatórios de tudo o que foi feito. Os relatos de casos serão compilados pelo IMM em um livro que deverá ser lançado em novembro.

Para a coordenadora do Cejusc, Mariana Pisacco, todas as escolas receberam muito bem a proposta e estão empenhadas nessa construção diária. “Algumas escolas estão mais avançadas, elas estão implementando as técnicas e já estão obtendo bons resultados para resolver conflitos simples. Os profissionais enxergam esse projeto como uma ferramenta de melhoria de relacionamento dentro da escola, entre alunos e professores”, salienta.

De acordo com o presidente do IMM, Jeroslau Pauliki, o objetivo é contribuir para a redução dos índices de violência no ambiente escolar. “Nós já desenvolvemos o projeto Geração Paz que contempla conteúdos da pedagogia da convivência e resolução pacífica de conflitos. Nós decidimos trabalhar com este público por entendermos a importância da educação na formação do indivíduo e por percebermos que algumas escolas estão localizadas em locais de grande violência.  A Escola Restaurativa é mais uma ferramenta na construção de um mundo melhor”, enfatiza.

O Colégio Estadual Padre Carlos Zelesny, Colégio Estadual Professor João Ricardo von Borell du Vernay, Colégio Estadual Professora Linda Salamuni Bacila e o Colégio Estadual Professora Sirley Jagas participam do Projeto Escola Restaurativa. Os profissionais do Colégio Estadual Wolff Klabin, de Telêmaco Borba, também participam das atividades.