O Instituto Mundo Melhor (IMM) participou de uma live, no início do mês de maio, como expositor das atividades desenvolvidas no Programa Escola Restaurativa. O encontro, promovido pelo Núcleo de Práticas Restaurativas da Subseção Jurídica de Uberaba, abordou questões práticas de como atuar na justiça restaurativa e também sobre os métodos autocompositivos em tempos de pandemia.
Uma das palestrantes foi a doutora Petronella Maria Boonen, do Centro de Direitos Humanos e Educação Popular CL, que destacou o trabalho e o potencial da Justiça Restaurativa neste momento, mas também o quanto é necessário aplicar os círculos restaurativos mesmo em situações em que ainda não existam conflitos. “Precisamos fortalecer as relações institucionais para atender não só os envolvidos diretos, afinal existe uma cadeia de envolvidos que precisam também serem ouvidos”, reforça.
Para a pedagoga do IMM, Érica Lemes, ficou evidente que as práticas restaurativas vão além do poder judiciário e que podem colaborar muito na prevenção de conflitos. Segundo ela, as práticas podem também oportunizar o engajamento das comunidades afetadas direta ou indiretamente em situações de dificuldades de qualquer natureza.
Em sua fala, Petronella ainda evidenciou que o esforço é coletivo, uma vez que tudo e todos estão relacionados, principalmente nessa pandemia, portanto é preciso descartar abordagens rasas. Ela citou que alguns pilares são fundamentais em tempos de vírus e desigualdade, sendo eles: reconhecer-se, responsabilizar-se, restaurar, reequilibrar e relacionar-se com o todo como um todo.
“No encontro pudemos avaliar que estamos alinhados com os outros estados que, igualmente ao Paraná, vêm buscando o fortalecimento da rede de atendimento a população, juntamente com a Polícia Militar, Guarda Municipal, Prefeituras Municipais e sociedade civil organizada”, completa a pedagoga.
.jpeg)
