Juízes paranaenses levam experiência com práticas de justiça restaurativa ao Canadá

IMM é parceiro do TJPR

28/11/2019

Juízes paranaenses levam experiência com práticas de justiça restaurativa ao Canadá

As boas práticas de justiça restaurativa da magistratura paranaense, inclusive que contam com a parceria do Instituto Mundo Melhor, mereceram elogios internacionais e teve como motivo a participação da juíza Laryssa Copack Muniz e do juiz Rodrigo Rodrigues Dias em evento sobre o tema, na semana passada, no Canadá. Ao relatarem a experiência de participar do encontro, que acontece anualmente e reúne as principais práticas restaurativas canadenses, os representantes paranaenses apontaram o alinhamento entre o Brasil e o Canadá.

Uma semana intensa, como definiu a juíza Laryssa Copack Muniz, ao comentar que o Brasil pode se considerar avançado nas práticas restaurativas. “Seguimos a mesma linha do Canadá, inclusive com programas bem parecidos, como atendimento às vítimas de violência doméstica. Isso nos traz uma grata satisfação, ainda mais de ver esse alinhamento com o país (Canadá) que é o berço da justiça restaurativa. Eles têm até uma universidade com estudo voltado à justiça restaurativa”, contou.

A magistrada afirmou que foi possível, também, conhecer práticas inovadoras. Quanto aos comentados elogios, ela disse que os canadenses demonstraram grande surpresa ao conhecerem o trabalho desenvolvido no Brasil, principalmente pelo volume e diversidade de áreas em que as práticas restaurativas são realizadas.

Laryssa Muniz disse que o cenário para práticas restaurativas é bem melhor no país atualmente, se comparado com o ano de 2014, quando o trabalho foi iniciado, ao lembrar dos apoiadores institucionais, com destaque para o IMM. “Tivemos um respaldo do TJPR para realização de cursos de justiça restaurativa, com 200 pessoas capacitadas como facilitadores. Queremos que os juízes observem as vantagens da aplicação no trabalho. Devemos acreditar mais no potencial que temos e valorizar o nosso trabalho, pois podemos exportar conhecimento. O evento foi muito rico neste sentido” afirmou.

Ao relatar a experiência em terras canadenses, o juiz Rodrigo Rodrigues Dias, ratificou a opinião da colega, ao destacar a acolhida. “A presença da delegação brasileira foi bem importante. Tivemos um painel exclusivo”, disse. O magistrado ressalta que foi destacado, ainda, o fator de a justiça brasileira ter “acordado” para a questão da justiça restaurativa.