Projeto reuniu cerca de 80 professores para discutir a educação para a paz e implantar projetos em sala de aula
29/09/2015
O Instituto Mundo Melhor (IMM) realizou o encerramento e a mostra de projetos do Infância Mundo Melhor no município de Ipiranga. Durante todo o ano, cerca de 80 profissionais da educação discutiram as ferramentas pedagógicas da educação para a paz. Foram apresentados dez relatos de ações desenvolvidas nas escolas municipais, centros municipais de educação infantil, escolas particulares e escolas de contra-turno.
“Fica claro que a partir das apresentações e iniciativas desenvolvidas nesse ano, as intervenções serão mais específicas e o foco de ações de não violências mais explicitadas. Interessante perceber como cada participante desenvolveu seu projeto adequando de acordo à sua realidade e às suas necessidades”, enfatiza o presidente do IMM, Jeroslau Pauliki. Foram apresentados temas como afetividade, cooperação entre os professores, anti-valores (realizando o contra ponto com os valores), trabalho com os pais, a paz no recreio, respeito e tolerância. Os resultados almejados, de acordo, com os professores foram alcançados.
Para o fundador do IMM, Marcio Pauliki, o projeto atua com ações concretas para melhorar a segurança pública. “Quando falamos no problema da violência, imediatamente pensamos na repressão policial e no aumento do efetivo. A solução mais efetiva é a educação para a paz, ou seja, ensinar às pessoas que é possível solucionar conflitos de forma não violenta”, destaca.
O Núcleo de Estudos e Formação de Professores em Educação para a Paz e Convivências da Universidade Estadual de Ponta Grossa (NEP/UEPG) é responsável pela ministração dos conteúdos. De acordo com Nei Alberto Salles Filho, coordenador do NEP/UEPG, a paz está fundamentada no respeito à vida e na resolução não violenta dos conflitos. “O conflito não é algo mal em si, embora as pessoas possam responder a ele de forma negativa. Por isso, a chave não está em sua eliminação, mas em sua regulação e resolução de forma justa e não violenta. O conflito é um processo natural e necessário em toda sociedade humana, é uma das forças motivadoras da mudança social e um elemento criativo essencial nas relações humanas”, frisa. Os professores que integram o projeto podem utilizar os certificados emitidos pela UEPG em seu plano de cargos e salários.
O polo de Ipiranga reúne professores do município, do estado e de escolas particulares, além de profissionais da assistência social e Conselho Tutelar. O município participou do polo de Ponta Grossa nos anos de 2013 e 2014 e, em 2015, foi possível a implantação do polo para uma abrangência maior dos profissionais. O objetivo é realizar o trabalho de educação para a paz em rede oportunizando, assim, uma sintonia fina entre os órgãos no debate e enfrentamento às ações de violência. Os relatos das iniciativas desenvolvidas pelos professores em sala de aula com seus alunos irão compor um livro com as experiências de sucesso no ano de 2015. No dia 30 de setembro, todos os envolvidos farão uma Caminhada pela Paz para celebrar a Semana da Paz.
