
A parceria entre Instituto Mundo Melhor (IMM), Núcleo Regional de Educação e o Centro Judiciário de Soluções de Conflitos e Cidadania (CEJUSC) de Ponta Grossa realizaram na sexta-feira (15) o “I Seminário A Caminho da Escola Restaurativa". A atividade contou com a presença de 200 diretores e pedagogos da região dos Campos Gerais. O evento foi realizado na sede do Central de Desenvolvimento e Administração MercadoMóveis, localizado no bairro da Ronda em Ponta Grossa.
A proposta foi sensibilizar os professores e diretores sobre a importância do projeto Escola Restaurativa, que já atua há quatro anos e engloba cinco colégios de Ponta Grossa: Professor José Elias da Rocha, Nossa Senhora da Glória, Professor João Ricardo von Borell du Vernay, Sirley Jagas e Linda Bacila.
A Chefe do Núcleo Regional de Educação de Ponta Grossa, Carmen de Souza, conta que o objetivo do evento é mostrar para os diretores o funcionamento do projeto e como ele pode ser aplicado nas escolas. "Queremos sempre que o convívio no ambiente escolar seja saudável para os alunos, professores e funcionários. A escola restaurativa pode proporcionar uma melhora para todos que estão incluídos na comunidade escolar. Só vemos benefícios em expandir esse projeto", comenta.
Esse projeto consiste em resolver os conflitos no ambiente escolar por meio do diálogo. O programa já é praticado em cinco escolas do município e agora deve ser expandido para outros colégios que queiram adotar essa prática.
De acordo com a juíza coordenadora do Cejusc, Larissa Muniz, a experiência já ocorre há quatro anos em alguns locais e os avanços são significativos. "O colégio Borell é maior exemplo que o projeto faz a diferença. Recebíamos vários processos de atos infracionais dos alunos. E depois da implementação desses processos das práticas restaurativas, não recebemos há quase dois anos processos com violência física do colégio", explica.
Em Ponta Grossa, o programa tem como base a lei municipal n° 12.674 de 2016 e as práticas restaurativas estão presentes no Poder Judiciário em diversas demandas, como conflitos familiares, violência doméstica, crimes de médio e menor potencial ofensivo e aqueles que envolvem adolescentes em atos infracionais e crianças em situações de risco. As situações podem ocorrer no ambiente escolar ou familiar, que serão mediados pelo programa.
Os diretores, professores, funcionários e alunos recebem um curso para entender como agir através do diálogo em diversas situações. O projeto é praticado em Ponta Grossa, Guarapuava, Wenceslau Braz e Curitiba. Além disso, a comunidade escolar envolva do local também recebe treinamento para auxiliar o colégio.